Assine a petição: Contra a ocupação militar no campus da USP.
Caros alunos e colegas da UFG:
O que ocorreu essa madrugada na USP foi um terrível ato de barbárie: a PM não tem que estar no campus, e o convênio reitoria-PM expressa bastante bem a completa falta de democracia existente na USP desde a ditadura. O reitor Rodas não foi eleito pela maioria da comunidade universitária, não gozando de nenhuma legitimidade política para suas ações. Com que, então, a PM entrou para "proteger" a todos e, de repente, prende 70 estudantes? Observadores no interior da universidade percebem que havia lá uma busca ativa por usuários de maconha, coisa que a PM paulista não faz em lugar algum. Esse convênio é um ato político de repressão, e não uma ação de segurança.
Estudei na USP na graduação e doutorado, visitei a ocupação de 2007 e fiquei comovida ao constatar o cuidado com que os alunos zelaram pelo bem público, bem como sua coragem de resistir por mais de um mês.
A agressão perpetrada pela PM é um ato que fere não só a comunidade USP, mas também todo o movimento estudantil e, por extensão, outros movimentos sociais - já tão duramente golpeados nos últimos tempos. É hora de desencadear manifestações de apoio aos estudantes da USP e mostrar que estamos mais vivos do que pensa o stablishment.
Gostaria de recomendar a vocês visita às páginas: http://www.facebook.com/DCEdaUSP e http://www.adusp.org.br/# , http://ler-qi.org/, pois, pesquisando na internet, fiquei profundamente impressionada com a tendenciosidade dessa imprensa que aí está. Não nos deixemos enganar, protestemos!
Psicologia, educação, política, literatura, cinema e outras idéias e opiniões que podem não ter conexão entre si. Tipo a Gisela.
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terça-feira, 8 de novembro de 2011
domingo, 13 de março de 2011
Até que o tempo estie
Tenho que fazer algo da minha vida, e precisa ser agora, AGORA, antes que a chuva caia. Ou que o tempo esquente. Vejam, meus senhores, o que importa é me dar um prazo preciso, curto, tão curto quanto alguns minutos ou poucas horas, pois desperdiçar a vida é mais meritório que andar num compasso tímido. A desgraça é saber o que vou fazer para aproveitá-la devidamente. Preciso abortar os argumentos perdidos, chutar as mágoas para trás, inocular a verdade na justiça, ou em qualquer lugar; expulsar essas frases inúteis de criatura versada nos volteios das palavras... que frases? Essas que estou dizendo agora, ou as que disse quando pensava dizer alguma coisa? Mas, o que importa, isso é tão rude! Tão, tão mesquinho e humano! Exigir do tempo uma ação, quando já não existam mãos que nos cheguem, e nem todos os nossos pensamentos sejam honestos, são todas, todas, iniciativas de uma séria presunção. E a minha vontade vira a carpideira de um túmulo que jamais existiu, o túmulo da MINHA VERDADEIRA VIDA. É a vontade mais preguiçosa e sacana que jamais existiu.
É certo que posso ficar aqui, deitado, simplesmente, sem fazer nada até a chuva cair, só para provar que a vida passa e eu não faço nada. Mas disso, disso, percebam meus senhores, eu JÁ SEI. E TODA A GENTE O SABE, PORQUE TODA A GENTE, COM A PERNICIOSA EXCEÇÃO DE UM GALILEU OU OUTRO, NÃO FAZ MAIS. O pior é que resta a esperança de o tempo passar de modo diferente, e difícil não é provar que existe a inércia - até o Ptolomeu já devia saber disso: a inércia é o prato cheio dos poderosos; é a força que mantém a humanidade estúpida, imaginando que o Sol gira em torno da Terra, uma vez que a Terra, essa lesada majestade, está sempre parada - seria muito mais difícil convencê-la do contrário. Mesmo hoje, os homens vêem o Sol em movimento, e acham esse tal de Galileu um energúmeno. Eu o acharia um energúmeno, se não soubesse dessa coisa da inércia e do movimento por tanto ficar aqui, sentado nesse sofá comendo amendoim, enquanto tenho manias de grandeza. Bah, o negócio talvez seja ir dormir e não ver se a chuva caiu ou não, enquanto eu fico aqui, pensando no que faço até que o tempo esquente pro meu lado e venha a chance de uma estiagem com piscina, para eu desperdiçar minha vida como se deve.
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