Hoje eu vi:
a tristeza infecciona.
Põe seu bacilo no corpo e na mente...
E suga força, vontade, beleza...
Até que olhes no espelho e, surpresa
Veja a ti no que é ela.
Ser mergulhado no vazio
Túnel negro de dissabores
Atração irresistível do olhar
onde cada movimento externo
dá em aborrecimento interno
E em cada gesto há uma crosta
posta em rostos e corpos...
a refazer o solitário percurso do esquecimento.
Absurda caveira ambulante, de
cadáver vivo que procria (ou não)
à força de seres sós
que, pálidos e tristes,
em belos apartamentos
dançam o tango da vida.
como Requiem da morte
Estou aqui, ó vil companhia!
Tua cara hoje é outra
Mas sob tua carne louca
Enxergo a vida pulsando
assim mesmo:
pulsando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário