quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Limbo

Não há nada:
exceto vultos na bruma verde,
vivendo espera cansada.
Aqui não há filmes
Nem livros
Nem papos
Nem Sol.
Não há amor nem ódio
- há mortos, mas não a Morte.
Desaparece a Vista
Mas não se dorme.
Não há sono,
mas há fome.
Come-se: mas não se dorme.

Traído pela luz (a fornicar com a bruma)
O Tempo matou-se.
E o relógio espanca, implacável
ouvidos zumbis.


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